APRENDENDO A PENSAR
"Prefiro morrer de pé que viver sempre ajoelhado."
Por que não conseguimos interiorizar na vida cotidiana as belas ações teóricas?
Por que ensinar a pensar é tão difícil? Não será por que também nos recusamos a pensar, a refletir sobre a nossa prática?
Por que falamos tanto em ética, princípios morais e vivemos “derrapando” no dia a dia? Por que admirando nossos ídolos, nossos heróis, nossos militantes sociais e quando se faz necessário não nos posicionamos?
Um exemplo repetitivo disso é a postura política dos profissionais da educação, da chamada “classe pensante”, que tem “cisma” de se posicionar, que por falta de coragem, por covardia, diz ser neutro na política. Mas como entender esta postura, se o que nos comanda - especialmente a classe “pensante”- é a política? Será que essa classe saberá orientar seus comandados. Como já dizia Paulo Freire, em política partidária não há neutralidade, você é, ou não é. E o professor (a) que se presa, freqüenta uma igreja, um sindicato e filia-se a um partido.
Não seríamos nós, classe pensante, responsável pela loucura da política atual? Pela grande quantidade de cores partidárias? Pelo esvaziamento das cabeças e, conseqüentemente, pela alienação da sociedade? Será que não somos responsáveis, pela sofrida sociedade, manipulada psicológica e moralmente? Será que não conseguimos ensinar nossos alunos, através das ações cotidianas?
O que é um grupo? É para que o grupo exista é preciso ser forte. É para ser forte é preciso ter: posicionamento, caráter, ética e solidariedade. Será que nesse momento conseguiríamos orientar nossos alunos para compreender a atual discussão partidária, a tão discutida Fidelidade Partidária? E agora? Fortalecer quem? Qual cor? O que esse fortalecimento representa para economia do nosso país? O que representa esse fortalecimento para o pão nosso na mesa de cada dia, para o emprego, a educação, a saúde, a segurança, o lazer de todos?
Sim, porque ter caráter é pensar em todos. Ser solidário é ter caráter. Assim, pensar:
É tomar partido das causas perdidas
É defender seus ideais
É ter postura, posicionamento político
É ter opinião própria
É ter um caminho para seguir
É ensinar pelo bom exemplo
É compreender que ser humilde não é calar frente à opressão
É notar no corre - corre do dia a dia uma lágrima ou um sorriso.
Coraci Machado- Pedagoga/Especialista em Gestão Escolar
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