Wuiuslanne, 20 anos , reside em Água Boa e é Técnica de Desenvolvimento Infantil na Escola Municipal Cristalino. Concluiu o Ensino Médio Propedêutico na Escola Estadual Antonio Grohs e atualmente está cursando o Magistério – Proinfantil /MEC no Pólo de Barra do Garças. Paralela a sua formação na Educação Básica ela foi aprendendo, outro idioma, a Língua de Sinais. Que lhe é essencial para comunicar-se com o mundo.
De acordo com o artigo 13 da Constituição Federal Brasileira, no capítulo sobre a nacionalidade, diz-se: "A Língua portuguesa" é o idioma oficial da República Federativa do Brasil". Há também a LIBRAS" que é a língua oficial de sinais – o que garante a inclusão da LIBRAS nos sistemas educacionais do Brasil.
Em Dezembro de 2005, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais,LIBRAS." Assim a não pode ser mais chamada de uma simples linguagem, possuindo uma gramática completa, ela é uma Língua Oficial usada pelos surdos. Assim, com a ajuda de alguns excelentes professores, com a ajuda e persistência de sua mãe e, especialmente, com sua vontade de ser igual aos outros, ela foi melhorando sua educação formal.
Seu passatempo preferido é desenhar. É autodidata. O que sabe sobre ampliação, criação e pintura aprendeu por paixão. Talvez devido ao mundo silencioso em que vivem, os surdos tem mais aguçada a competência da observação. Dessa forma, ela foi desenvolvendo suas habilidades artísticas. O que realmente impressiona é que ela cria seus desenhos no contexto ao qual ela está inserida. Exemplo disso são os seus atuais desenhos.
A jovem trabalha com Educação Infantil, modalidade Creche, faixa etária de 2 e 3 anos e, para ensinar conteúdos básicos como: Boas Maneiras, Meio Ambiente, Higiene e Saúde, ela desenhou nas paredes de sua sala de aula. Ao ser interrogada sobre seus dotes de pintora ela explica que ama pintar e, quer se profissionalizar. Portanto, se você professora tiver vontade de fazer Arte em sua sala o contato é: laine-07-futsal@hotmail.com
Com relação à educação do surdo, devemos ter a clareza de que integração escolar e integração social não podem ser tidas como sinônimos, pois ir à escola com os demais não significa ser como os demais. Uma efetiva integração escolar depende de como cada escola aceita e trabalha com as diferenças. Para o surdo ser efetivamente incluído na classe com os ouvintes, ele necessita aprender a língua de sinais. E não só ele, mas também as pessoas as quais fazem parte de seu processo de aprendizagem. Esse aspecto da aquisição do conhecimento do surdo é extremamente importante, pois, na escola inclusiva, se o professor e os colegas não dominarem a língua de sinais, o surdo fica fora dos debates, das decisões e da integração com os colegas nos momentos de brincadeira que fazem parte do aprender.
O objetivo é comum: o de construir um conhecimento capaz de transformar uma realidade, operando mudanças de forma efetiva considerando as diferenças e as individualidades.
Parafraseando Paulo Freire, eu diria a nós, como educadores e educadoras: ai daqueles e daquelas, entre nós, que pararem com a sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar. Ai daqueles e daquelas que, em lugar de visitar de vez enquanto o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e com o agora, ai daqueles que em lugar desta viagem constante ao amanhã, se atrelem a um passado de exploração e de rotina.
Temos dois caminhos a seguir: ou saímos da rotina como sugere Freire e buscamos inovar a prática pedagógica diante da inclusão, ou ficamos discutindo que a mesma não é viável, jogando a culpa no sistema de ensino, nos ombros do governo, na família e em todos os setores da sociedade. Que garantias temos de que a Inclusão terá sucesso? Ou quando estas mudanças ocorrerão na prática? Essas respostas só serão respondidas quando passarmos dos discursos e dos debates para a prática em toda sua plenitude.
Conforme Lei nº 9394/96, a qual delega à família, à escola e à sociedade o compromisso para a efetivação de uma proposta de escola para todos.
A inclusão social é, portanto, um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através de transformações, pequenas e grandes, nos ambiente físicos (espaços interno e externo, equipamentos, aparelho e utensílio, mobiliário e meios de transporte) e na mentalidade de todas as pessoas, portanto do próprio portador de necessidades especiais.
O capítulo V - da Educação Especial, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional lança, tanto para a escola como para toda sociedade, um desafio muito grande no que se refere à Inclusão. Falamos em sociedade, pois a escola está inserida em um contexto social o qual se modifica com o desenvolvimento de sua gente, de sua tecnologia, de sua ciência, envolvidos em uma estrutura globalizada.
A inclusão é um movimento com apenas um interesse: construir uma sociedade para todos. Mesmo sendo muito recente, em relação à linha do tempo da educação, o movimento sobre inclusão, o conhecimento das diferenças que se apresentam em cada criança que será incluída torna-se fundamental neste processo.
Este desafio passa também pela compreensão de todos aqueles que entendem a educação como um direito de todos. Não basta incluir o no ambiente escolar; é necessário trabalhar em conjunto com toda sociedade com o desejo de oferecer uma educação capaz de transformar sua realidade. As inovações que ocorrerão daqui para frente diz respeito à escola, ao aluno, à família, ao professor e a todas as pessoas que fazem parte deste processo. Por isso, muito já se discutiu e muito há o que discutir, pois a sociedade, de certa forma, custa a perceber as mudanças que estão ocorrendo e, mais ainda a processá-las em sua prática social.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
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